domingo, 10 de fevereiro de 2019

A comedia que virou - Critica


Mas vamos a nossa critica propriamente dita, mesmo por que se algo nao tem o que melhorar, ele chegou ao seu fim. O espetáculo inicia num clima maravilhoso, super animado, com os atores cantando e se divertindo entre a plateia enquanto esta mesma entra ao som da musica Brasil mostra sua cara.... porem logo os atores vão para as coxias e aquele energia contagiante vai se esvaindo no ansiedade de que o espetáculo comece logo, causando um certo desconforto, sugiro que a plateia entre e toque o primeiro sinal, no segundo os atores façam a performance proposta, e logo em seguida toque o terceiro sinal e o espetáculo comece com esta mesma energia do inicio.
O  narrador ou apresentador de um telejornal muito simpático no seu falar, tem uma dicção e projeção que dificulta um pouco o entendimento das palavras, porem seu desempenho se sobressai no personagem do Gringo onde percebe-se uma confiança ao executar esse personagem.
A dupla dinâmica do delegado e seu ajudante Bob desempenham um papel espetacular, numa tragicomédia contam a realidade da policia brasileira que infelizmente nao tem preparação para estar onde está, uma policia corrupta que se camufla para conseguir o que quer, muito bem conotado no momento em que o delegado se finge de gay para conseguir informações sobre a deputada, e seu ajudante Bob; o personagem caiu como uma luva para o ator que extremamente magro desenvolve uma performance divertida no palco.
A deputada e seu ajudante gay, desenvolvem um papel exemplar, a atriz que interpreta a deputada tem bastante segurança e uma ótima postura, porem nota-se que ela engasga um pouco no texto, isso pode ocorrer quando o ator se sente muito seguro do personagem, porem ela é tão boa que consegue improvisar e não deixar a plateia notar seu descuido, que somente pode ser notado por quem tem um olho clinico. O personagem gay que ajuda a deputada, é exímio de desempenha muito bem este papel, porém ao se desdobrar na pessoa da plateia, ele continua com os trejeitos de homossexual, algo a ser trabalho e em exercícios de desconstrução como os de Viola Spolin podem ajudá-lo a  se desconstruir antes da construção do novo personagem.
Outra atriz que me chamou bastante atenção foi a que interpretou a funkeira, esta eu tiro o chapéu pois se desdobrou na copia do Juninho Play e interpretou os dois personagens muito bem, a construção de cada um teve suas características especificas, onde pude notar que era a mesma atriz logo no fim do espetáculo por que eu queria mesmo identificar e sua interpretação e segurança em cena é magnifica, posso dizer que esta é uma atriz pronta.
O ator que interpretou o pastor também me surpreendeu com sua segurança e domínio da cena.
O ator que interpretou Romeu, também merece aplausos, andou no salto a ponto de causar inveja em muita mulher por ai, porem interpretou maravilhosamente um homem disfarçado de mulher e isso ficou bem característico, não parecia uma mulher e nem um travesti, o que é muito importante na construção do personagem.
A atriz  que interpretou o capeta com sua sensualidade não parecia estar tão segura no personagem, sua dicção foi bem identificada, e não se sabe se é devido ao uso do aparelho, ou se a mesma tem mesmo a língua, e nos dois casos, temos exercícios vocais para ajudá-la. Porem o que é curioso, é no momento em que a mesma se desdobra na esposa do pastor, ela estava tão segura da cena, que esta questão da dicção perde o foco, então fica a pergunta, será que é insegurança ao fazer o personagem do capeta?
Já a atriz que interpreta o anjo, precisa fazer uns exercícios de desconstrução de personagem, pois e mesma ao se desdobrar no anjo e na dona de casa, tem os mesmos trejeitos o que deixa a incógnita se aqueles trejeitos são dela ou do personagem, pois se forem dela o assunto ainda é mais sério.
 O ator que interpreta o terrorista tem uma dinâmica fantástica, pois fez um trabalho corporal e cênico excepcional, com os efeitos de luz, que o deixava numa penumbra ressaltando sua expressão facial ao desejar bombardear aquele lugar.
A atriz que interpretou Julieta, também merece os parabéns, porém eu me questiono se houve uma construção de personagem ou se ela é daquela forma mesmo, particularmente não sou fã dos mocinhos, tem pouca habilidade cênica a ser explorada e nem é justo culpar o ator, porém neste quesito, aparentemente ela alcançou o objetivo.
O ator que interpretou Matheus, estava extremamente over, melodramático, forçando a interpretação e se destoando dos demais, ou a equipe inteira segue essa linha, ou o ator diminui sua performance.

Diante de todas as considerações, desejo merda a todos, e digo continuem neste ramo, usem as criticas de forma positiva, pois o ator nunca deve parar de estudar, e visto que são alunos da Academia Nacional de Atores, digo, vocês estão no caminho certo.
Espero vê-los novamente nos palcos da vida.

Laila Cristina
Critica de Teatro e atriz
1270/GO

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